segunda-feira, 3 de março de 2014

Meu querido beija-flor


Todos que me acompanham desde sempre sabem que tenho um amigo beija-flor.
Coloquei o nome dele de Chiquinho e carinhosamente todos os dias pela manhã ele me acorda com o seu chilreio,ou canto, ou chamado, não sei o termo certo para o canto do beija-flor.
Todas as tardes, no finalzinho da tarde ele também vem. Rodeia meu quintal, pousa nos fios, faz rasantes sobre mim com seu canto que me encanta.
E para meu sofrimento volta e meia ele faz uma entrada triunfal na minha sala. Se pendura no ventilador e lá fica. E esse é meu medo maior.
Moro em Cuiabá, num calor de quase ou mais de 40º . Embora, tenha o cuidado sempre de não ligar o ventilador da sala, ontem, por volta de 21 horas, horário que ele não vem ou nunca havia vindo entrei em desespero ao ouvir o barulho das asas.
Corri e desliguei rapidamente o ventilador e para meu desespero ouço o barulho e o baque de sua queda.
Acolhi-o em minha mão e só me restou chorar e rezar. Não havia corte, não havia sangue. Apenas um pequenino pássaro que gemia nas minhas mãos. Rezei para tudo em que eu acreditava. O acolhi na mão e fui conversando com ele. Deixei-o imóvel em um vasinho de planta, onde ele se acalmou.
Metade da noite passada Chiquinho dormiu em minha mão e para sossego do meu coração durante a madrugada simulou voo enquanto uma lua brilhava na noite e iluminava meu quintal.
Ele alçou voo e ainda assim fiquei temerosa por ele. Um ser tão pequeno e frágil.
Hoje, minha alegria preencheu a alma ao ver Chiquinho ocupando os lugares dele pelo meu quintal.
Meio depenado, mas com a energia curadora da natureza, Chiquinho se fez presente e essa foto foi tirada agorinha mesmo e como forma de agradecer pela vida dele eu compartilho essa história.


 
Mariana Gouveia


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