quarta-feira, 2 de abril de 2014

em cheiros de de(lírios) no jardim

Meu amor sem nome
para sempre seria tão estranho…
Resolvi dar seu nome…chamei meu amor de você
e desenhei teu rosto,teu gosto,teu cheiro.
Moldei como uma figura com mãos de artesã
Fechava os olhos e te desenhava no vento.
Fui ser estaminal, catar palavras, colher as tuas palavras
ficar com jeito meiobobameiofeliz cada vez que vem algo de você…
liberto letras em (de)composição sonora…e ouvir tua música não tem o mesmo som,só…
Eu,em (de)lírio,era o saber do meu corpo tatuado no teu em cheiros de lírios no jardim
excitação no sabor em aromas
(de chá)
( * de água,de sede,de chuvas)
tanto quanto os idiomas
(de línguas)
t(r)ocadas
e da boca que não sei o sa(ber)bor
a memória de nós
num beijo inventa(n)do
a tarde nas noites tuas que jamais vou viver.

Mariana Gouveia

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